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Sendo um dos tumores malignos mais comuns, o câncer de pulmão é um problema de saúde pública que ganha destaque por meio da campanha de conscientização e prevenção do “Agosto Branco”. 

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), no mundo, o câncer de pulmão ocupa a primeira posição de incidência entre os homens e a terceira entre as mulheres, por isso a importância de dar visibilidade ao tema. 

No Brasil, para cada ano do triênio 2020-2022, estimam-se 17.760 novos casos de câncer de pulmão em homens e 12.440 em mulheres.

Portanto, considerando as estimativas, é de extrema importância a disseminação de informações a respeito desse tipo de câncer, uma vez que a detecção precoce é primordial para garantir chances efetivas de tratamento.

Dentre os tipos histológicos mais comuns temos: os carcinomas de células não pequenas, que é dividido em três subtipos: adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas (epidermoide) e carcinoma de grandes células.

Os principais fatores de risco para desenvolvimento do câncer de pulmão são o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco e à poluição do ar, bem como infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite), além dos fatores genéticos e histórico familiar..

Também pode-se destacar a possibilidade de mutação das células para desenvolvimento dessa doença.

Como conscientização de uma das doenças mais presentes no Brasil e no mundo, a campanha do “Agosto Branco” tem por finalidade promover a informação  e a prevenção em relação aos cuidados com a saúde dos pulmões, reforçando a importância de um diagnóstico precoce, uma vez que esse tipo de câncer manifesta-se de forma silenciosa e, por muitas , acaba sendo detectado em estágios mais avançados.

Agosto Branco: quais são os principais sintomas do câncer de pulmão

Como sintomas, podem-se apresentar: 

  • Tosse e rouquidão persistentes;
  • Dor no peito;
  • Sangramento pelas vias respiratórias;
  • Dificuldade de respirar;
  • Pneumonia ou bronquite recorrentes;
  • Cansaço e fraqueza.

Portanto, os exames preventivos regulares,  para a investigação de possíveis sintomas associados à doença, são de extrema importância, lembrando que fumantes passivos também são grupo de risco e podem ser diagnosticados com a presença do tumor.

Como o tratamento pode ser realizado

Levando sempre em consideração o tipo histológico e o estágio da doença, o tratamento do câncer de pulmão pode ser feito por meio de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, podendo ser associados. 

Em casos selecionados, o paciente pode ser tratado com medicação baseada em terapia-alvo.

A quimioterapia pré-operatória (neo-adjuvante ou de indução), pode ser empregada no estágio III da doença. 

Além disso, a quimioterapia utilizada no pós-operatório (adjuvante), tem sido eficiente para garantir a melhora do paciente.

Sendo assim, é importante que o paciente seja atendido por uma equipe multidisciplinar integrada e de excelência, para garantir segurança, acompanhamento constante e o cuidado necessário na realização do seu tratamento.

Não deixe de visitar os seus médicos de forma regular e de realizar todos os exames solicitados, assim um possível diagnóstico pode ser detectado com a antecedência necessária, aumentando as chances de tratamento.

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O mês de setembro é dedicado à conscientização sobre as neoplasias ginecológicas e visa despertar sobre a importância do diagnóstico precoce, informar os fatores de risco e sintomas. Também, é importante reforçar a importância da visita anual ao ginecologista e a realização de exames preventivos.  

Entre os tumores que mais afetam o sistema genital feminino estão o câncer de colo de útero e o de ovário. As neoplasias de endométrio, vagina e vulva compreendem os demais tipos de cânceres ginecológicos. 

Câncer de colo de útero

O principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero é a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV).

A infecção por HPV é uma doença sexualmente transmissível (DST), sendo o HPV16 e o HPV18 os subtipos mais vinculados ao câncer de colo uterino. A vacina contra o HPV é uma das ferramentas para a prevenção, além do uso de preservativos.

Outros fatores de risco são imunossupressão (infecção pelo HIV, por exemplo), início precoce da atividade sexual e com múltiplos parceiros, uso prolongado de anticoncepcionais orais e o tabagismo.

Os sinais e sintomas mais comuns são inespecíficos ou já podem indicar doença em estágios mais avançados. Entre eles, destacam-se: sangramento vaginal, corrimento ou secreção atípica vaginal, dor e/ou sangramento após relação sexual e dor na região pélvica.

O exame preventivo do câncer do colo uterino (Papanicolau) é a principal estratégia para detecção de lesões precursoras e diagnóstico da doença em fase inicial e deve ser realizado periodicamente.

É fundamental destacar que mesmo mulheres vacinadas devem realizar o exame. O câncer de colo do útero tem altíssimas chances de ser prevenido ou de ser tratado precocemente de maneira curativa.

Câncer de ovário

A doença tem maior incidência após os 50 anos de idade e o diagnóstico precoce ainda permanece um desafio, já que os sintomas são vagos e mal definidos e, ainda na fase inicial, podem não se mostrar presentes.

A suspeita de neoplasia de ovário se dá com o inchaço abdominal contínuo, a perda de apetite, dor na região pélvica e o aumento na necessidade de urinar. Alguns fatores de risco também estão associados ao câncer de ovário, como histórico familiar e reposição hormonal na menopausa, entre outros.

Alguns exames, como ultrassonografia transvaginal e a dosagem de CA 125 no sangue, são muito solicitados pelos médicos em busca do diagnóstico precoce da doença, mas não se mostraram eficazes como método de rastreio, já que não reduziram as estatísticas de mortalidade, mesmo realizados anualmente em mulheres sem sintomas e sem histórico familiar.

Vale ressaltar, ainda, que o exame Papanicolau não detecta o câncer de ovário, já que é específico para detectar o câncer do colo do útero. A ultrassonografia pélvica ou transvaginal se mostrou útil apenas para diagnosticar a doença já existente e, na maioria das vezes, já avançada.

É importante destacar que toda paciente com alguma massa suspeita deve ser submetida a uma abordagem cirúrgica, realizada por um cirurgião oncológico experiente. A partir daí, será estabelecido o diagnóstico definitivo, a extensão da doença e o tratamento.

Identificar de maneira precoce o câncer de ovário é um grande desafio para os médicos. Por isso, é muito importante manter um acompanhamento regular com o ginecologista.

 

Com informações da Dra. Daniela Amaral, Oncologista Clínica do CON – Oncologia, Hematologia e Centro de Infusão, e do Hospital Central do Exército. 

 


Tratamentos em Oncologia, Hematologia para pacientes oncológicos e um Centro de Infusão para cuidados não oncológicos no Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo.


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