O mês de julho é dedicado ao combate e prevenção ao câncer de bexiga. A neoplasia acomete o epitélio de revestimento ou as células que revestem internamente a bexiga, órgão que armazena a urina. 

O principal fator de risco para a doença é o tabagismo. Pessoas idosas e que fumam por muitos anos têm maior risco de desenvolver a doença. Outros fatores associados, porém, em menor grau, são a exposição prolongada a substâncias químicas que podem ser cancerígenas, como o benzeno, e histórico de irritações crônicas na bexiga, como infecções e cálculos.

O principal sintoma do câncer de bexiga, tanto na doença inicial quanto na metastática, é o sangue na urina (hematúria). Outro sinal do câncer de bexiga é o desconforto ao urinar, como dor e ardência. Alterações no hábito urinário, como o aumento de frequência, sensação de dor ou queimação e urgência em urinar, mesmo que a bexiga não esteja cheia, também são sinais que devem ser avaliados. Nos casos mais avançados da doença, os sintomas são: impossibilidade de urinar, dor lombar, perda de apetite e peso, inchaço nos pés e dor óssea. Os sintomas iniciais do câncer de bexiga podem ser confundidos com sinais de doenças mais comuns, como a infecção urinária. Por isso, é importante procurar um médico para que a causa possa ser diagnosticada. 

A detecção precoce do câncer de bexiga é uma regra quando se busca uma alta taxa de cura. Por isso, deve-se atentar para os sinais e sintomas persistentes ou recorrentes e efetuar uma investigação com exames clínicos, laboratoriais, radiológicos e endoscópicos. Uma vez que o rastreamento não é indicado, deve-se realizar criteriosa anamnese dirigida às queixas urinárias naqueles indivíduos de maior risco.

Informações do Dr. Bruno França, oncologista e Diretor Médico do CON – Oncologia, Hematologia e Centro de Infusão.

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