Campanha Julho Verde alerta para a prevenção ao câncer de cabeça e pescoço
A campanha Julho Verde e o Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço, 27 de julho, alertam para a prevenção dos tumores nas regiões da cabeça e do pescoço e têm como objetivo disseminar informações sobre prevenção e a importância da detecção precoce da doença.
O câncer de cabeça e pescoço engloba os tumores que atingem a cavidade nasal, os seios da face, a boca, a laringe e a faringe. A maioria das neoplasias de cabeça e pescoço se inicia nas células escamosas que revestem as superfícies úmidas da região, por exemplo, dentro da boca, do nariz e da garganta, e também podem começar nas glândulas salivares, que contêm diferentes tipos de células que podem tornar-se cancerosas.
Os principais fatores de risco associados ao câncer de cabeça e pescoço são o tabagismo e o álcool. Outros fatores importantes são a infecção pelo vírus HPV, infecções do vírus de Epstein-Bar (EBV), consumo de bebidas e comidas muito quentes e a exposição excessiva ao sol. A doença costuma ser mais frequente em pacientes com idades entre 50 e 60 anos.
Os sintomas típicos incluem o aparecimento de nódulos, feridas que não cicatrizam, dor de garganta que não melhora, dificuldade para engolir e alteração ou rouquidão na voz. Entretanto, estes sintomas também podem ser causados por outras condições clínicas. Por isso, ao identificar estes sinais, é importante procurar o seu médico.
Quando diagnosticados precocemente, os tumores de cabeça e pescoço têm grandes chances de cura. O diagnóstico pode ser feito por meio de avaliação clínica, além de exames de imagem e biópsia.
O tratamento vai depender da localização, extensão do tumor e de suas características moleculares. O resultado do tratamento está diretamente relacionado a uma abordagem multidisciplinar, onde estarão envolvidos o cirurgião de cabeça e pescoço, o oncologista clínico, o radio-oncologista, o enfermeiro, o nutricionista, o psicólogo, o fonoaudiólogo, o fisioterapeuta, o estomatologista e outros.
A intervenção terapêutica é classificada como multi modal, uma vez que envolve combinações entre cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia alvo. A imunoterapia, recentemente, ganhou espaço e tem sua aplicação no contexto da doença metastática.
Informações do Dr. Bruno França, oncologista e Diretor Médico do CON – Oncologia, Hematologia e Centro de Infusão