Outubro Rosa – Campanha de conscientização sobre o câncer de mama
O Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização a respeito da detecção precoce do câncer de mama.
Sendo assim, esse período é dedicado ao compartilhamento de informações sobre esse tipo de neoplasia para que possa-se reduzir a sua incidência e mortalidade.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se o aparecimento de 66 mil novos casos de câncer de mama nos próximos anos, sendo que o Brasil classifica-se entre os países que apresentam a maior incidência desse carcinoma no mundo.
Dentre os diagnósticos de câncer entre mulheres, esse tipo de tumor ocupa cerca de 30% dos casos que acometem a população feminina brasileira.
Sabendo disso, preparamos um conteúdo com informações para alertar as mulheres sobre a importância fundamental da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. Confira!
O que é câncer de mama?
O câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação incontrolável de células anormais da mama, que surge por meio de alterações genéticas que podem ser adquiridas ou hereditárias.
Existem vários tipos de câncer de mama que, tanto podem apresentar uma rápida evolução e desenvolver-se de forma agressiva, como evoluir de forma favorável; caso diagnosticado precocemente para realização do tratamento.
Logo, podemos destacar dois dos principais tipos desse carcinoma:
- Carcinoma ductal: origina-se nos ductos mamários e apresenta subtipos. Encontrado em 80% dos casos de câncer de mama, é o tipo mais comum.
- Carcinoma lobular: origina-se nos lóbulos que são responsáveis pela produção do leite materno. Esse tipo de câncer é diagnosticado em cerca de 5 a 10% dos casos.
O câncer de mama pode ser detectado em diferentes fases (estadiamento), sendo classificado como in situ, quando suas células estão localizadas, e infiltrantes, quando as células invadem áreas vizinhas e apresentam potencial para atingir linfonodos e outros órgãos (metástase).
A seguir, desenvolvemos os principais sinais e sintomas para detecção do câncer de mama. Continue sua leitura!
Sinais e Sintomas
Sendo uma das principais neoplasias malignas femininas, deve-se destacar que a incidência desse tipo de câncer aumenta significativamente a partir dos 50 anos, ou seja, a idade é um risco para o desenvolvimento da doença.
Ainda assim, vale ressaltar que tem-se observado o aparecimento desse tumor em mulheres a partir dos 35 anos.
Por outro lado, é importante informar que os homens também podem desenvolver essa neoplasia, e representam cerca de 1% dos casos que vêm sendo acometidos pela doença.
Como principal sinal desse tipo de tumor destaca-se a presença de um nódulo ou caroço mamário endurecido, fixo e geralmente indolor. Outros sintomas são:
- Alteração na pele como retração ou abaulamento (estufamento);
- Nódulos palpáveis nas axilas ou no pescoço;
- Saída espontânea de líquido anormal do mamilo;
- Vermelhidão ou alteração na posição e formato do mamilo;
- Lesões que não cicatrizam.
Sendo assim, é fundamental que as mulheres conheçam seu corpo a fim de estarem atentas a quaisquer mudanças que não sejam normais em suas mamas.
Por isso, o diagnóstico precoce da doença é essencial para garantir maiores chances de cura.
Formas de prevenção
O surgimento do câncer de mama não está relacionado apenas a uma causa, mas associado a uma série de fatores, tais como:
- Comportamentais e ambientais: Obesidade e sobrepeso, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica em excesso, alimentação não saudável, qualidade de vida ruim e exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).
- Hereditários e genéticos: Histórico familiar de câncer de mama, tanto em mulheres quanto em homens, histórico familiar de câncer de ovário em idade jovem, predisposição hereditária e risco aumentado de desenvolvimento da doença.
- História reprodutiva e hormonais: menarca precoce (menstruação), menopausa tardia, não ter tido filhos, nunca ter engravidado, ter tido a primeira gestação após os trinta anos e realizar o uso de terapias de reposição hormonal.
Estes últimos fatores estão associados a uma maior exposição ao estrogênio, hormônio que está envolvido na patogênese do câncer de mama.
Sendo assim, é de extrema importância a campanha de conscientização para realização dos exames preventivos e identificação dos fatores de risco que possibilitam, em alguns casos, uma mudança de estilo de vida.
Dessa forma, recomenda-se cultivar hábitos de vida saudáveis, tais como: evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, praticar atividade física regularmente e manter o peso adequado. Cuide da sua saúde!
Mamografia
Como vimos, o diagnóstico precoce é fundamental para o combate ao câncer de mama, de modo que a doença possa ser detectada em estágios iniciais e o tratamento obtenha altas chances de cura.
Dessa forma, a principal estratégia para sua detecção, além do exame clínico, é a realização da mamografia.
A mamografia é uma radiografia das mamas, realizada por meio de um equipamento chamado mamógrafo, que é capaz de detectar até mesmo lesões não palpáveis.
No entanto, podem ser solicitados também outros exames como a ultrassonografia e a ressonância magnética.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda que mulheres entre 40 anos ou mais realizem esse exame anualmente.
Logo, deve-se levar em consideração o histórico familiar do paciente, pois pode-se recomendar a realização do exame antes dessa faixa etária.
Mamografia e vacinação contra COVID-19
A respeito da campanha contra COVID-19, é importante destacar que a vacinação pode causar aumento dos linfonodos axilares, ou seja, um inchaço nos gânglios.
Com isso, vale destacar que é normal o corpo apresentar esse tipo de reação, podendo ser descartada a relação com câncer; embora esse efeito possa causar uma confusão no momento da avaliação médica.
Desse modo, tanto o Instituto Nacional de Câncer (INCA) quanto a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomendam aguardar um período de 4 semanas após a vacinação para realização da mamografia de rastreamento, ou seja, o exame realizado em pacientes que não apresentam sinais e sintomas desse tumor.
Por outro lado, como a mamografia diagnóstica é indicada para investigação de casos com sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama, não é recomendado o adiamento desse exame.
Com isso, caso seja encontrada alguma lesão suspeita, será realizada uma biópsia diagnóstica de modo que poderá ser traçada a melhor forma de tratamento.
No entanto, ainda que possam ser consideradas as estratégias diagnósticas, é importante lembrar que a realização do autoexame é essencial para detecção de possíveis sintomas associados à doença, mesmo ele não substituindo o exame de imagem para diagnóstico precoce.
Tratamentos
Por fim, referindo-se ao tratamento do câncer de mama, pode-se informar que atualmente muitos avanços foram alcançados em relação a melhoria no diagnóstico precoce das lesões da mama.
Sendo assim, encontra-se tratamentos como a cirurgia conservadora, que não implica na perda completa da mama.
Dessa forma, retira-se o tumor e uma parte de tecido sadio ao seu redor de forma segura, garantindo a preservação do restante da mama.
Além disso, existem também novas opções de tratamentos medicamentosos e uma maior precisão no tratamento radioterápico.
Quando essa neoplasia é detectada em seu estado inicial, o principal tratamento recomendado é a cirurgia.
No entanto, dependendo de cada caso, pode-se indicar quimioterapia, hormonioterapia, radioterapia e terapias biológicas.
É essencial que seja avaliado cada caso para realização do tratamento, pois leva-se em consideração um conjunto de fatores, tais como: localização da doença (estadiamento), características do tumor, características da paciente, estado menopausal, idade, comorbidades, além das preferências pessoais do paciente.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre as formas de detecção de tratamento do câncer de mama, não deixe de realizar exames preventivos e mantenha hábitos de vida saudáveis.
Reconheça o seu corpo e esteja atento a quaisquer mudanças!
Compartilhe essas informações com as mulheres da sua vida.