Setembro Verde – Mês de conscientização do câncer colorretal ou de intestino grosso
O câncer de colorretal ou de intestino grosso é a segunda neoplasia maligna mais frequente em mulheres e a terceira mais frequente em homens no mundo.
Considerando o cenário brasileiro, mesmo com avanço tecnológico na área de diagnóstico e tratamento, assume a terceira posição mais comum de câncer, sendo motivo de preocupação.
Dessa forma, por iniciativa da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), o Setembro Verde surge como uma campanha para alertar e conscientizar a população a respeito do câncer de intestino grosso.
No último ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) contabilizou a incidência de 40.990 novos casos, sendo 20.520 homens e 20.470 mulheres.
Com isso, alerta-se para realização de checkups periódicos, pois a identificação precoce da doença é passível de tratamento e pode garantir a diminuição dos níveis de morbidade e mortalidade.
Neste post falaremos sobre os sintomas e fatores de risco para desenvolvimento desse tipo de neoplasia, bem como suas formas de prevenção e tratamento. Confira!
O que é o câncer de colorretal ou de intestino grosso?
O câncer de colorretal é um tipo de tumor que inicia-se pela formação de pólipos na parede do intestino grosso, chamada de cólon, e no reto, final do intestino.
Os pólipos são lesões benignas que desenvolvem-se na parede do cólon e, quando associados com predisposição genética e hábitos não saudáveis de vida, tendem a desenvolver esse tipo de câncer ao longo do tempo.
Quando detectado precocemente, o câncer pode ser tratável e o paciente obtém grandes chances de cura, caso o tumor não tenha se espalhado para outros órgãos.
Sintomas do câncer de colorretal
Esse tipo de tumor não apresenta sintomas em sua fase inicial, por isso, recomenda-se a realização da colonoscopia a partir dos 50 anos.
Esse exame permite a visualização do intestino por dentro, sendo feito por meio da introdução de um tubo flexível acoplado a uma câmera.
Logo, é possível que seja efetuada a retirada de algum pólipo que seja detectado, pois é a partir deles que os tumores malignos se originam.
Como consequência do tipo de tumor e sua localização, deve-se considerar que essa neoplasia leva ao surgimento dos seguintes sintomas:
- Diarreia e dor vaga no abdômen;
- Anemia, cansaço e fraqueza;
- Obstipação intestinal progressiva;
- Alternância entre diarreia e constipação;
- Sangramento frequente, misturado ou não com fezes;
- Fezes com formato fino e comprido.
Para tanto, é recomendável procurar apoio médico para que possa ser feita uma investigação do quadro do paciente e o tratamento específico seja iniciado; uma vez que esses sinais também podem ser encontrados em quadros de hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros.
Principais fatores de risco
Como principais fatores para desenvolvimento desse tipo de câncer, podemos destacar:
- Idade igual ou acima de 50 anos;
- Obesidade;
- Alcoolismo;
- Sedentarismo;
- Tabagismo;
- Consumo exagerado de carne vermelha ou processada;
- Baixa ingestão de cálcio, frutas e fibras.
Além disso, outros fatores de risco estão associados à origem hereditária da doença, o que inclui histórico familiar do câncer de colorretal, condições genéticas como a polipose adenomatosa familiar e o câncer colorretal hereditário sem polipose.
Ainda, destaca-se o histórico de doença inflamatória intestinal crônica e diabetes tipo 2; bem como fatores como a exposição ocupacional à radiação ionizante.
Prevenção
O aconselhamento genético para pacientes que tenham parentes de primeiro grau com câncer intestinal ou pólipos é recomendado, pois assim obtém-se orientação a respeito da melhor época e frequência para realização do exame de colonoscopia.
As medidas preventivas para o câncer de intestino grosso incluem o aumento do consumo de frutas e legumes, bem como de cereais integrais como arroz, pães, aveia, cevada e outros.
Além disso, a diminuição da ingestão de carne vermelha ou processada, como também a diminuição do consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo.
Deve-se destacar também a importância da prática de atividade física de forma regular, pois auxilia o indivíduo a manter um peso adequado, evita o sedentarismo e melhora a qualidade de vida.
Para os pacientes com idade superior a 50 anos e que não se enquadram nos fatores de risco, por apresentar um baixo risco de desenvolver a doença, é aconselhável realizar anualmente uma pesquisa de sangue oculto nas fezes e retossigmoidoscopia a cada cinco anos.
Saiba quais são as formas de tratamento
Como vimos, o câncer de colorretal é uma doença tratável e curável, quando o tumor não se espalhou para outros órgãos.
Com isso, a primeira forma de tratamento é a cirurgia, que tem como finalidade retirar a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que comportam o sistema de defesa do corpo) dentro do abdome.
Considera-se também o tratamento por meio da realização de radioterapia, associada ou não à quimioterapia, no intuito de diminuir a possibilidade de retorno do tumor.
As formas de tratamento dependerão de fatores como tamanho, localização e extensão do tumor.
Caso seja identificado que a doença está em fase de metástase, espalhando-se para outros órgãos, as chances de cura podem ficar reduzidas.
Por fim, após realizado o tratamento, é imprescindível que o paciente continue com o acompanhamento médico para que possa ser feito o monitoramento de recidivas (retornos) ou novos tumores.
O Setembro Verde procura conscientizar a população para a gravidade do câncer de colorretal, caso não seja diagnosticado precocemente.
Não deixe de realizar os seus exames e procure um médico especialista caso sinta algum dos sintomas mencionados.
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