Câncer de Colo de Útero: causas, sintomas e a importância do Papanicolau e da vacina contra HPV
Coincidência (ou não), no mês de março temos o Dia da Mulher e a Campanha de Prevenção Contra o Câncer de Colo de Útero.
Por ser uma data super importante, o CON não poderia deixar de compartilhar um post sobre essa neoplasia, alertando para as causas, sintomas e a importância de manter em dia as visitas periódicas ao ginecologista.
Além disso, também precisamos criar um diálogo aberto sobre o Papanicolau e sobre a vacina contra HPV, que ainda é rodeada de tabus na sociedade.
Então, continue a leitura para obter mais informações!
Câncer de Colo de Útero: motivo suficiente para cuidar do sistema reprodutor feminino
Mesmo que a mulher não tenha vontade de ser mãe, o sistema reprodutor feminino possui grande importância para o organismo, visto que produz hormônios como a progesterona e o estrógeno.
A progesterona não causa impactos tão fortes quanto a baixa produção de estrogênio, pois trabalha com a preparação do corpo para uma possível gravidez.
Enquanto o estrogênio pode afetar o humor, pois interage com substâncias químicas em receptores cerebrais, podendo causar até mesmo ansiedade.
Além disso, com a queda da produção ou inexistência desse hormônio, podem ocorrer ondas de calor, suores noturnos, problemas no sono e perda de libido. Os músculos e a pele também podem ser afetados.
Todos esses sintomas estão relacionados à menopausa e podem ser percebidos caso a mulher precise passar por algum tipo de intervenção em seu sistema reprodutor.
Quais são as causas do Câncer de Colo de Útero?
Também conhecido como câncer cervical, é o terceiro tumor maligno mais presente nas mulheres, sendo causado pela infecção persistente do Papilomavírus Humano, o famoso HPV.
Essa é uma infecção bastante frequente, porém, muitas vezes, não tende a evoluir para um quadro de câncer, pois o sistema imunológico consegue combater o vírus.
Mas vale atenção redobrada, visto que através de alterações celulares, os casos podem sim se tornar Câncer de Colo de Útero.
Também existem alguns fatores de risco, tais como:
- Atividade sexual iniciada de forma precoce;
- Múltiplos parceiros sexuais;
- Histórico de verrugas genitais;
- Tabagismo;
- Doenças imunossupressoras.
Quando detectado precocemente, há chances de cura na maioria dos casos, por isso a visita periódica ao ginecologista se faz tão necessária.
Conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, o exame de Papanicolau deve ser feito em mulheres de 25 a 64 anos, que já tiveram relação sexual.
Como se dá a transmissão do vírus HPV?
A resposta para essa pergunta é: através de contato direto com a pele ou mucosa que esteja infectada.
Sendo assim, o principal meio para uma possível contaminação é através de relações sexuais, que incluem:
- Contato oral-genital;
- Genital-genital;
- Manual-genital;
- E, fora desse circuito, também pode ocorrer a transmissão através do parto.
- O contágio pode acontecer mesmo que não exista penetração vaginal ou anal!
Não existem comprovações de que a contaminação possa acontecer através do compartilhamento de objetos, uso de vaso sanitário, piscina, toalhas e roupas íntimas.
Mas, mesmo sem esses estudos, vale alertar para que itens individuais não sejam divididos com outras pessoas, como nos casos citados de roupas íntimas, toalhas e até mesmo sabonetes.
Como se prevenir?
Além das visitas periódicas ao ginecologista, uma das formas mais eficientes para que uma mulher se previna contra o Câncer de Colo de Útero é através da utilização de preservativos durante as relações sexuais.
Essa atitude diminui consideravelmente os riscos de transmissão e infecção pelo Papilomavírus Humano.
Além disso, é preciso acompanhamento médico constante, principalmente em casos de gravidez, pois como falamos anteriormente, o vírus pode ser transmitido durante o parto.
Também podemos (e devemos) falar sobre a vacinação contra o HPV, que é gratuita através do Sistema Único de Saúde, o SUS.
Dessa forma, segundo o INCA, meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos podem tomar a vacina. Para os que vivem com HIV ou transplantados, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses).
Sinais e sintomas da neoplasia
Como algumas outras neoplasias, esse tipo de câncer pode ser assintomático quando no início, dificultando um possível diagnóstico precoce.
Geralmente, ele é encontrado quando a paciente realiza seus exames periódicos, onde o Papanicolau será responsável por mostrar as alterações provenientes do câncer.
Porém, conforme existe um avanço da doença, alguns sinais e sintomas tendem a aparecer. Confira alguns deles:
- Sangramento vaginal entre as menstruações e após as relações sexuais;
- Menstruação mais prolongada que o normal;
- Urgência e dor para urinar (muito comum também em casos de infecção urinária);
- Corrimento;
- Dor durante a relação sexual e/ou na região pélvica;
- Perda de apetite e peso;
- Obstrução das vias urinárias e intestinos (em casos mais graves).
Como falamos, grande parte das mulheres consegue combater a infecção de forma espontânea, mas sempre com o acompanhamento de um médico, para que ele possa sugerir algum tipo de tratamento caso seja necessário.
É fundamental uma análise individualizada, principalmente para aquelas que precisarão da retirada ou destruição das lesões precursoras pré-malignas.
E, caso exista um tumor maligno, os procedimentos levarão em conta o estágio da neoplasia, condições físicas da paciente, idade e, até mesmo, a vontade de ter filhos ou não no futuro.
Conte sempre com um profissional de confiança e com a qualificação necessária para o diagnóstico precoce.
Repassando o que vimos neste post
- Hormônios do sistema reprodutor feminino;
- Causas do Câncer de Colo de Útero;
- Como se dá a transmissão pelo vírus HPV;
- Como se prevenir desse tipo de câncer;
Sinais e sintomas do Câncer de Colo de Útero.